Remenda o teu pano que dura mais um ano,
Torna a remendar que torna a durar
Tudo feitinho de restos de tecidos. Antigas saias, camisas, panos sem destino, abandonados, perdidos, tiras cuja história se esqueceu, lençois e almofadas, toalhas e cortinas... Recortados, combinados e cozidos juntam as suas histórias numa nova história que aqui começa. Assim nasce um novo objecto.
Senti-me como uma barriga de aluguer. Gerada por mim, ainda a pousei na minha cama, contemplando-a e cobiçando-a. Mas não pôde ser, sei que vai para o quarto que merece ter. E poderei vê-la sempre que quiser.